segunda-feira, 9 de março de 2015

A volta dos motores Mercedes-Benz 6 cilindros em linha



Por muito tempo considerados como uma marca da Mercedes-Benz, os motores com seis cilindros em linha foram eliminados em meados da década de 1990. Porém, a fabricante alemã estuda fabricá-los novamente. 

Os motores de seis cilindros em linha fazem parte de uma nova estrutura modular que também produzirá propulsores de três e quatro cilindros, que devem ser lançados em 2016, sob o capô da próxima geração do Classe E com o codinome W213. 

A próxima geração do Classe C também entra nas possibilidades para receber a nova linha de motores em 2017.

Fonte: Revista Quatro Rodas (http://quatrorodas.abril.com.br/noticias/fabricantes/mercedes-estuda-volta-motores-seis-cilindros-linha-759868.shtml)

A utilização de motores seis cilindros em linha é bem interessante, pois diferente dos motores em V, não é necessária a utilização de árvores de balanceamento, pois estes motores são naturalmente equilibrados.

A utilização dos motores em linha com as tecnologias atuais vai ser muito interessante, pois os materiais mais leves e modernos melhoram a relação peso/potência e produzem mais potência devido a melhor eficiência térmica, problema que os motores à combustão sofrem.

Eu pessoalmente sou suspeito para falar, minha C280 (W202) possui o motor M104, que em minha opinião tem um som muito mais bonito a que as versões V6, principalmente a partir dos 4000rpm. O motor dela tem as seguintes características:
                 Cilindrada:                         2800cc
                 Válvulas:                            24v (4 por cilindro)
                 Potência:                           193cv a 5500rpm
                 Torque:                              27,5kgfm à 3750rpm
                 Comando de Válvulas:  DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote)

A justificativa da Mercedes-Benz na época para a substituição do M104 (em linha) para o M112(em V) é a redução do consumo, menor emissão de poluentes, um pequeno aumento de potência (197cv para o motor 2.8 ao invés do 193cv do 6 cilindros em linha), o torque disponível em rotações mais baixas e a segurança em caso de colisões frontais, pois teria uma maior área de deformação disponível sem contato com o motor, coisas que hoje pode se ver que não é tão justificado assim, pois os carros possuem cofres cada vez mais justos, principalmente por causa da evolução das ligas de aço de alta resistência utilizadas para fabricação das zonas de deformação. Os aços de alta resistência e alumínio estão cada vez mais presentes em marcas premium como Mercedes-Benz, BMW, Audi e principalmente Volvo, que busca de forma incansável fazer os carros mais seguros do mundo!

Bem voltando aos motores, o único problema do M104 era o vazamento de óleo que acontecia pelos retentores do motor, principalmente pela junta U. Eu mesmo já tive uma lambança quando o retentor que fica na polia do motor estourou, espalhou óleo para tudo quanto é lado.

Mas como disse, com a tecnologia atual, teremos motores mais leves e muito potentes. Acredito que a Mercedes-Benz deva ter o mesmo caminho da BMW que tem utilizado o motor seis cilindros com turbo compressores, conseguindo resultados bem interessantes, principalmente em uma época, em que sustentabilidade é a palavra chave, conseguir potência com baixo consumo e baixa emissão de poluentes como carbono e enxofre.

Vamos aguardar e ver o que virá, talvez se continuar neste ritmo os motores V8 podem estar com os dias contados!

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