quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Segurança dos veículos nacionais

Infelizmente na América Latina a questão da segurança está engatinhando a passos lentos, pois somente agora em 2014 os carros fabricados no Brasil terão como itens obrigatórios o airbag e o ABS, embora a adoção dos sistemas não tornem os nossos carros mais seguros, pois muitos veículos comercializados em nosso país não possuem rigidez estrutural como pode ser visto no site www.latinncap.com , que demonstra através de crash tests a segurança dos nossos carros, principalmente dos "populares". 

É importante que no Brasil o consumidor dê mais valor à qualidade dos veículos e também à segurança, pois aqui é levado muito em conta a estética e o preço. Os carros completos aqui sempre foram carros equipados com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico (vidros, travas e retrovisores) , vidros verdes e um aparelho de som. 

Diante desta mentalidade com certeza carros equipados com ABS não serão bem aproveitados, pois a vibração gerada pelo funcionamento do sistema em freadas mais fortes facilmente será interpretada como um problema no freio, fazendo com que as pessoas aliviem o pé no pedal do freio. 

O freio ABS é uma grande ajuda para o motorista, pois diferente do que muitos pensam ele foi desenvolvido para que o controle do carro seja mantido durante uma frenagem, possibilitando um desvio de trajetória ou até mesmo uma frenagem dentro da curva sem que ocorra um descontrole do veículo. 

Outra coisa que irá gerá problemas é o airbag, por dois motivos, pela posição errada ao dirigir de muitas pessoas que insistem em dirigir com os braços apoiados sobre o volante ou pelo simples fato de o airbag não abrir em uma batida boba. 

É importante lembrar que o motorista deve estar a uma distância de pelo menos 30 cm do volante e que nada deve estar entre ele e o airbag. Outra dica importante é que o airbag NÃO anula a necessidade de uso do cinto de segurança.

Infelizmente o ESP (programa eletrônico de estabilidade) ainda não é obrigatório nos Brasil, embora a maioria dos carros na faixa de R$90.000,00 já contam com o sistema de série. Em pesquisas realizadas na Europa o ESP reduz em 70% a chance de uma colisão decorrente da perda de controle do veículo, pois ele é capaz de atuar de forma independente nos freios impedindo que o veículo derrape em uma curva, como também reduz a chance de capotamento em veículos mais altos como utilitários (Grand Cherokee, Trail Blazer, Tucson, etc) como também em veículos menores.

Eu pessoalmente já fui salvo muitas vezes pelo ESP do meu Mercedes-Benz Classe A160, em situações de piso escorregadio e irregularidades no asfalto.
Por exemplo voltando para Belo Horizonte na BR381, ao entrar em uma curva o carro quis rabear por causa de calombos no asfalto e na ocasião eu estava a uma velocidade de 80km/h  já que a curva não era muito fechada, e é impressionante a ação do sistema, você consegue perceber nitidamente a atuação dele na aceleração e na frenagem. 

No Classe-A (principalmente o W168) e no Smart por ter um entre-eixos mais curto e uma suspensão mais rígida, é mais fácil acontecer coisas como esta que eu citei e perceber a atuação do ESP, um veículo com entre-eixos mais longo e com suspensão independente consegue lidar melhor com este tipo de situação.

Realmente eu não tenho a mesma confiança quando viajo com a minha C280 1996, que não possui o ESP e por ser um carro bem arisco devido aos 193cv, uma pisada mais forte no acelerador no momento errado faz com que o carro derrape com muita facilidade, principalmente com o piso molhado. 

Vídeo sobre postura para dirigir



Funcionamento do freio ABS

Controle Eletrônico de Estabilidade

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